Brasil vem conseguindo reduzir gestações múltiplas em tratamentos de RI
Graças aos avanços da tecnologia médica, às novas conclusões trazidas por estudos, e por conta da preocupação permanente com a saúde da mãe e do bebê, o Brasil vem conseguindo reduzir o número de embriões transferidos durante os tratamentos de reprodução assistida. O objetivo é obter uma taxa menor de gestações múltiplas.
O médico Paulo Padovani, da equipe do Centro de Reprodução de Piracicaba, destaca que essa é uma conquista em busca de maior segurança para as pacientes, comemorada por toda a equipe do Centro, que sempre teve essa preocupação.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, o último registro latino-americano indica um aumento em 50% no número de ciclos realizados no Brasil com apenas um embrião. Os casos no qual é feita a transferência de dois embriões foram de 30%, em 2000, para 80% em 15 anos.
Os dados coletados na América Latina apontaram que a probabilidade de gravidez quando se transfere ao útero dois ou três embriões, em mulheres com menos de 40 anos, é a mesma.
Essas conclusões foram relevantes, mostraram novos parâmetros e ajudaram na atualização sobre os procedimentos em reprodução assistida, definidos no ano passado pelo Conselho Federal de Medicina.
Esses procedimentos limitam o número de embriões a serem transferidos para o útero de acordo com a idade da mulher: 2 embriões para mulheres até 35 anos; até 3 embriões para mulheres de 36 a 39 anos; no máximo 4 embriões para mulheres com 40 anos ou mais.
Padovani destaca que o mais importante é que com o aperfeiçoamento das técnicas e os novos parâmetros, os casos de gestação múltipla vêm caindo, evitando-se assim as complicações.
“Uma gravidez de gêmeos ou múltipla leva a riscos, como a maior incidência de diabetes na gestação, pré-eclâmpsia (hipertensão) e parto prematuro. Os bebês nascem antes do tempo e com baixo peso, o que muitas vezes exige terapia intensiva neonatal em unidades hospitalares”, explica o médico. (Com informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida)
Jornalistas responsáveis: Flávia Paschoal/Marisa Massiarelli Setto – Toda Mídia Comunicação

Dr. Paulo Arthur Machado Padovani
- Formado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí
- Pós-graduado lato-sensu pela Faculdade de Medicina de Jundiaí e Associação Instituto Sapientiae
- Especialista em ginecologia e obstetrícia, e habilitação em laparoscopia
- Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida
- Possui título de Capacitação em Reprodução Assistida emitido pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida