Quem tem útero infantil pode ter filho?
A mulher que está em idade fértil, mas tem um útero que mantém dimensões e características da infância, pode ter dificuldade para ter filhos ou problemas na gravidez. A boa notícia é que, com tratamentos, e com a ajuda da medicina reprodutiva, a situação é contornada.
O ginecologista José Higino Ribeiro dos Santos Junior, da equipe do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba, destaca que o diagnóstico deve ser feito, de preferência, antes da tentativa de engravidar. Por isso a importância da consulta periódica com o ginecologista, que indicará o tratamento adequado.
“Existem casos em que a mulher tem útero infantil e ovula, ocorrendo a fecundação; mas, se no útero não houver espaço para o bebê se desenvolver, pode haver aborto”, explica o ginecologista. Se o diagnóstico é feito antes da gravidez, é possível tratamento para provocar o aumento do útero, de forma a receber o feto.
Quando há problemas hormonais e disfunções ovarianas, a paciente não consegue engravidar de forma espontânea, mas pode recorrer a técnicas de reprodução assistida. Para indicar o tratamento adequado, o médico vai investigar a razão que leva a mulher a ter um útero que está atrófico. Segundo o ginecologista, entre as causas estão problemas nos ovários, como falência ovariana precoce, ou na hipófise, glândula responsável pelo controle dos hormônios.
SINTOMAS
Primeira menstruação tardia, mamas e órgãos sexuais pouco desenvolvidos, ausência de pelos no púbis e nas axilas e menstruação irregular são alguns dos sintomas do útero infantil. Mas nem sempre há o sinal de alerta. “Algumas mulheres não têm sintomas e descobrem o problema apenas quando não conseguem engravidar”, esclarece o ginecologista.
Jornalistas responsáveis: Flávia Paschoal/Marisa Massiarelli Setto – Toda Mídia Comunicação

Dr. José Higino Ribeiro dos Santos Jr.
- Formado em Medicina pela Unicamp
- Especialista em videolasparocopia e videohisteroscopia pela Febrasgo
- Residência médica especializada em reprodução humana assistida e Endoscopia ginecológica pela Unicamp.